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Fim do ICMS está próximo? Entenda o que muda com a reforma tributária

A princípio, é comum se perguntar: a reforma tributária realmente vai trazer o fim do ICMS? A resposta correta é mais complexa do que um simples “sim” ou “não”. Afinal, o ICMS como conhecemos, repleto de regras e variações estaduais, deixará de existir, mas será substituído por um novo imposto.

Neste artigo, você vai descobrir em detalhes como funcionará essa transição, quais são as datas previstas para o fim definitivo do ICMS e o que esperar do novo modelo tributário. Continue a leitura e prepare sua empresa para as mudanças!

 

Quando o acontecerá o fim do ICMS de vez?

Primeiramente, é importante destacar que o ICMS, Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, ainda seguirá vigente por mais alguns anos. Contudo, sua extinção já tem data para acontecer: o imposto será gradualmente substituído pelo IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e deixará de existir completamente em 2033.

A transição oficial começa em 2029, com um período de adaptação que se estende até 2032. Durante esse tempo, haverá um crescimento progressivo do IBS e uma redução proporcional do ICMS, permitindo que empresas e governos se ajustem ao novo modelo.

 

Como será a transição do ICMS para o IBS?

De maneira clara, o processo de substituição será gradual. A partir de 2029, teremos uma mudança escalonada nas alíquotas. Veja o cronograma detalhado:

  • 10% do IBS em 2029;

  • 20% em 2030;

  • 30% em 2031;

  • 40% em 2032;

  • E, finalmente, 100% do IBS em 2033, extinguindo completamente o ICMS.

Ainda mais relevante, a redistribuição de receitas entre estados e municípios acontecerá ao longo de 50 anos, ou seja, de 2034 até 2078. Assim, o objetivo é garantir uma transição equilibrada, evitando perdas bruscas na arrecadação.

 

Qual será a nova alíquota do IBS?

A proposta atual define uma alíquota padrão de 17,7% para o IBS. No entanto, vale ressaltar que cada estado e município terá autonomia para ajustar sua própria alíquota, respeitando parâmetros estabelecidos em lei. Dessa forma, a tributação se tornará mais transparente, porém adaptável às realidades locais.

Ainda assim, o valor final da alíquota pode sofrer alterações, dependendo do número de exceções que forem aprovadas pelo Congresso Nacional durante a regulamentação da reforma.

Por que o ICMS será substituído pelo IBS?

Sobretudo, a principal justificativa para essa substituição é a necessidade de simplificar o sistema tributário brasileiro. Atualmente, o ICMS é fonte de inúmeras complicações para empresas, já que cada estado estabelece regras e alíquotas próprias, o que gera insegurança jurídica e aumenta o chamado “custo Brasil”.

O IBS, por outro lado, surge com a proposta de padronizar a tributação sobre o consumo, promovendo maior eficiência, transparência e previsibilidade. Além disso, um ponto crucial do IBS é a não cumulatividade, o que significa que empresas poderão compensar os impostos pagos em etapas anteriores da cadeia produtiva, eliminando a tão criticada “tributação em cascata”.

 

O que muda na guerra fiscal com o fim do ICMS?

A guerra fiscal sempre foi uma das maiores distorções do ICMS. Por décadas, estados disputaram empresas com ofertas de benefícios fiscais, criando um verdadeiro campo de batalha tributário. Embora essas práticas tenham estimulado investimentos em algumas regiões, também causaram desigualdades significativas no país.

Com a chegada do IBS, a expectativa é de uma competição mais saudável. Afinal, o novo imposto terá regras mais unificadas, o que limita a possibilidade de concessão indiscriminada de benefícios. A autonomia regional será preservada, mas com parâmetros claros, reduzindo significativamente os conflitos e promovendo um ambiente de negócios mais justo.

 

Definitivamente, a reforma tributária marca o início de uma nova era para o sistema tributário brasileiro. A substituição do ICMS pelo IBS representa um avanço importante rumo a uma tributação mais eficiente, equilibrada e menos burocrática.

Por fim, entender o cronograma de transição e suas particularidades é essencial para que empresas possam se preparar com antecedência, evitando surpresas e se posicionando de maneira estratégica.

Gostou do conteúdo? Continue acompanhando o blog da BSSP Consulting para mais informações práticas e atualizações sobre a reforma tributária.